domingo, 22 de janeiro de 2012

É correto dar bônus aos professores quando a instituição melhora em rankings de educação

Seus Filhos, com Rosely Saião
É correto dar bônus aos professores quando a instituição melhora em rankings de educação

http://www.bandnewsfm.com.br/audio/2011/12/ROSELY_1612.mp3

Lousa Digital: Nética por Alex Primo

Lousa Digital: Nética por Alex Primo: Para clarear um pouco o conceito de hacker ... e de ética hacker , publico aqui o vídeo do Alex Primo em que ele explica o conceito de...

Informe NET Educação: O comportamento de crianças na web

13/01/2012 por Marcelo Abud


O Brasil é o país em que crianças passam mais tempo online. Com isso, tornam-se comuns situações de exposição a conteúdo impróprio, de contato com desconhecidos pela rede e mesmo de infecção de computadores por vírus. Os dados fazem parte do 4º Relatório Norton Online Family, divulgado no dia 16 de novembro de 2011, que pesquisou os hábitos virtuais de 800 brasileiros, entre eles 200 crianças.

No período de férias, a preocupação aumenta. Com mais tempo livre, o perigo pode estar dentro da própria casa.


Nesta edição do Informe NET Educação, você acompanha as dicas da Coordenadora do Laboratório de Tecnologias de Informação e Comunicação da UERJ, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Marcia Taborda. Ela explica como pais e educadores podem auxiliar filhos e alunos a tirar proveito da internet como ferramenta para pesquisa e crescimento pessoal.

Mãe de dois filhos, Marcia relata sua própria vivência com o tema e ressalta que educar, em qualquer ambiente, é impor limites. A colocação pode ser confirmada no Relatório Norton Online Family que traz os seguintes dados: 56 % das crianças e adolescentes que dialogam com os pais e contam com orientação sofreram experiências negativas na internet; o percentual sobre para 91% quando não se tem a orientação por parte de responsáveis.

Ouça o podcast!

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Leitura, escrita e robôs

Máquinas podem dar aula e até aprender com os alunos


THE NEW YORK TIMES - Folha, 19/07/2010



Por BENEDICT CAREY
e JOHN MARKOFF
Los Angeles


Em um punhado de laboratórios mundo afora, cientistas da computação estão desenvolvendo robôs capazes de interagir com as pessoas e lhes ensinar coisas simples.
Vários países têm testado máquinas de ensinar nas salas de aula. A Coreia do Sul, conhecida por seu entusiasmo pela tecnologia, está "contratando" centenas de robôs como assistentes educacionais e colegas das crianças, além de experimentar robôs que ensinam inglês.
Até agora, o ensino é muito básico, e os robôs ainda são uma obra em progresso. Mas os modelos mais avançados são totalmente autônomos, guiados por softwares de inteligência artificial, que reconhecem fala e movimento.
Dessa forma, tornam-se interativos a ponto de rivalizar com os humanos em algumas tarefas educacionais. Pesquisadores dizem que o ritmo da inovação é tamanho que essas máquinas devem começar a aprender enquanto ensinam, tornando-se instrutores infinitamente pacientes e altamente capacitados para disciplinas como línguas estrangeiras, ou em terapias repetitivas, usadas para tratar de problemas de desenvolvimento como o autismo.


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Robótica social se converte em agente de aprendizado
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Mas esses avanços já provocam visões distópicas, além de um debate ético habitualmente confinado à ficção científica.
"Preocupa-me que, se as crianças crescerem sendo ensinadas por robôs e enxergando a tecnologia como o instrutor, elas a verão como seu senhor", disse Mitchel Resnick, diretor do grupo "Jardim da Infância Vitalício", ligado ao Laboratório de Mídia do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT).
A maioria dos cientistas da computação diz não ter nem a intenção nem a capacidade de substituir os professores humanos. A grande esperança quanto aos robôs, disse Patricia Kuhl, codiretora do Instituto para o Aprendizado e as Ciências Cerebrais, da Universidade de Washington, "é que, com a tecnologia correta num período crítico do desenvolvimento da criança, eles poderiam suplementar o aprendizado em sala de aula".

Lições de Rubi
"Kenka", diz uma voz infantil. "Ken-ka."
Na Universidade da Califórnia em San Diego (UCSD), um robô chamado Rubi ensina finlandês a um menino de três anos.
O tronco-tela de Rubi está montado sobre um par de sapatos, com um lenço colorido no pescoço e um sorriso fixo.
Ele levanta um tênis branco e diz "kenka", sapato em finlandês, antes de devolvê-lo ao solo. "Sinta; sou um kenka."
Num vídeo que mostra essa aula, o menino pega o tênis, diz "kenka, kenka" e segura o sapato para o robô ver.
O aspecto da maioria dos robôs sociais de hoje não é nem remotamente humano. Alguns falam bem, outros não. Alguns andam sobre duas pernas, outros, sobre rodas. Eles são uma companhia muito curiosa. Um robô da Universidade do Sul da Califórnia usado com crianças autistas segue uma pessoa num cômodo, aproximando-se indiretamente e parando a certa distância, como uma criança cautelosa querendo ser chamada para uma brincadeira.
Os pesquisadores estão notando que Rubi permite que crianças pré-escolares obtenham notas melhores em provas, em comparação a alunos submetidos a aprendizados menos interativos, como gravações.
Resultados preliminares sugerem que esses alunos obtêm "um aprendizado mais ou menos tão bom quanto com um professor humano", disse Javier Movellan, diretor do Laboratório de Percepção de Máquinas da UCSD. "A interação social aparentemente é um componente importantíssimo no aprendizado nessa idade."
Como qualquer aluno novo, Rubi demorou um pouco para encontrar um nicho. As crianças cercaram o robô quando ele chegou. Mas, no fim do dia, dois garotos já haviam arrancado seus braços. Engenheiros reprogramaram Rubi para chorar quando seus braços fossem puxados. Seus coleguinhas rapidamente recuavam diante desse som.
Os pesquisadores da UCSD, do MIT e da Universidade de Joensuu (Finlândia) recolocaram os braços no robô e relataram no ano passado como ele melhorou significativamente o vocabulário de nove crianças pequenas. Após testarem os alunos quanto ao conhecimento de 20 palavras e apresentá-los ao robô, os pesquisadores deixaram que Rubi agisse sozinho. O robô mostrou imagens na sua tela e instruiu as crianças a associarem-nas com as palavras.
Após 12 semanas, o conhecimento das crianças em relação às dez palavras ensinadas por Rubi aumentou significativamente, enquanto o conhecimento sobre as dez palavras do grupo de controle não evoluiu. "O efeito foi relativamente grande, uma redução dos erros em mais de 25%", concluíram os autores.
A robótica social é um ramo da computação voltado para a melhoria da comunicação entre humanos e máquinas. Nos Laboratórios Honda, em Mountain View, na Califórnia, pesquisadores chegaram a um resultado similar com o robô Asimo. Em uma sessão de 20 minutos, a máquina instruiu alunos do ensino básico a arrumar uma mesa, melhorando em cerca de 25% a taxa de acerto, segundo um estudo recente.
Na Universidade do Sul da Califórnia, em Los Angeles, os pesquisadores fizeram o robô Bandit interagir com crianças autistas. Os resultados preliminares, disse David Feil-Seifer, que comandou o estudo, sugerem que as crianças falavam com mais frequência e passavam mais tempo em interação direta quando o robô reagia a elas, em comparação a quando agia aleatoriamente.

Conexões
"Antes de terem linguagem, os bebês prestam atenção àquilo que chamo de zonas quentes da informação", ou seja, aquilo para que o pai ou a mãe estejam olhando, disse Andrew Meltzoff, codiretor do Instituto para o Aprendizado e as Ciências Cerebrais, da Universidade de Washington.
É assim, segundo ele, que o aprendizado começa.
Essa descoberta básica, a ser publicada neste ano, é parte de um campo chamado computação afetiva, que está ajudando os cientistas a descobrir exatamente quais características tornam um robô mais "real".
"Acontece que fazer um robô parecer mais com um humano não lhe gera melhores interações sociais", disse o neurocientista Terrence Sejnowski, da UCSD. Quanto mais humano o aspecto das máquinas, mais horripilantes elas podem parecer.
O que importa, segundo Sejnowski, é o comportamento da máquina. E elementos muito sutis podem fazer uma grande diferença.
O momento da resposta do robô é crucial. Os pesquisadores da UCSD concluíram que, se Rubi reagisse rápido demais a uma expressão ou um comentário da criança, atrapalhava a interação; o mesmo acontecia se demorasse demais. Mas, se o robô reagisse em cerca de 1,5 segundo, criança e máquina entravam numa suave sincronia.
E o ritmo físico é importante também. Em experiências recentes numa creche japonesa, pesquisadores demonstraram que um robô que balança no mesmo ritmo em que uma criança se mexe pode rapidamente estabelecer uma interação até com as mais medrosas crianças autistas.
"A criança começa a notar algo naquele movimento síncrono e se abre", disse Marek Michalowski, da Universidade Carnegie Mellon, da Pensilvânia, que participou dos estudos. Quando isso acontece, disse, "você pode colocar comportamentos sociais em cima da interação, como fazer contato visual ou saber a vez de falar, coisas nas quais essas crianças têm dificuldades".
Um jeito de começar esse processo é fazer uma criança imitar os movimentos de um robô, ou vice-versa. Num estudo ainda em andamento, cientistas da Universidade de Connecticut promovem sessões de terapia para crianças autistas usando um robô francês chamado Nao, um humanoide de 61 cm de altura. O robô, controlado remotamente pelo terapeuta, demonstra golpes de artes marciais e pede que a criança acompanhe; depois, estimula a criança a liderar.
"Adoro robôs, e sei que isso é uma terapia, mas sei lá -acho só divertido", disse Sam, 8, que sofre da síndrome de Asperger.
Essa imitação simples parece construir uma espécie de confiança e aumentar a sociabilidade, disse Anjana Bhat, professora-assistente do Departamento de Educação e coordenadora da experiência. "As interações sociais são muito dependentes de se alguém está em sincronia com você", disse ela. "Se você anda rápido, eles andam rápido; se você vai devagar, eles vão devagar -e logo vocês estão interagindo, e talvez você esteja aprendendo."
A personalidade influi também, em ambos os lados. Os pesquisadores notaram que, quando o professor-robô Asimo é "cooperativo" ("Vou colocar o copo d'água aqui; você acha que consegue me ajudar?"), crianças de 4 a 6 anos se saem muito melhor do que quando Asimo dá uma aula expositiva. A abordagem didática fez menos diferença para alunos de 7 a 10 anos.
"O fato é que a reação das crianças a um robô pode variar muito, conforme a idade e o indivíduo", disse Sandra Okita, pesquisadora da Universidade Columbia, em Nova York, e coautora do estudo.
Em suma, para que os robôs sejam mestres eficazes, terão de fazer aquilo que qualquer bom professor faz: aprender com os alunos quando uma aula está prendendo a atenção ou não.

Aprender com humanos
"Alguma pergunta, Simon?"
Numa tarde recente, Crystal Chao, pós-graduanda em robótica do Instituto de Tecnologia da Geórgia, ensinava Simon, um robô de 1,5 m de altura, a guardar brinquedos. Ela havia passado algumas instruções, mas o robô empacou.
Chao repetiu a indagação, talvez a mais fundamental de toda a educação: alguma pergunta?
"Deixe-me ver", disse Simon, com voz maquinal e infantil, apanhando um brinquedo. "Pode me dizer aonde isso vai?"
"No cesto verde", foi a resposta. Simon obedeceu e comentou: "Faz sentido".
Assim como os humanos podem aprender com as máquinas, as máquinas podem aprender com os humanos, disse Andrea Thomaz, professora-assistente de computação interativa do Instituto de Tecnologia da Geórgia e diretora do projeto. Por exemplo, disse ela, cientistas podem equipar uma máquina para entender as pistas não verbais que significam "estou confuso" ou "tenho uma pergunta" -o que lhe permite monitorar como uma aula está sendo recebida.
A capacidade de monitorar e aprender com a experiência é a próxima grande fronteira da robótica social -e provavelmente depende de desvendar os segredos de como o cérebro humano acumula informações na infância.
Em San Diego, pesquisadores estão tentando desenvolver um robô de aspecto humano, com sensores que se aproximem da complexas capacidades de um bebê de um ano para sentir, ver e escutar.
Bebês aprendem, aparentemente sem esforço, ao experimentarem, imitarem e moverem os membros. Será que uma máquina com suficiente inteligência artificial poderia fazer o mesmo? E quais sistemas de aprendizado seriam adequados?
O grupo de pesquisas adquiriu um robô japonês de US$ 70 mil, controlado por um sistema de pressão pneumática que faz as vezes de sentidos, o que lhe permite "sentir" o ambiente, além de "vê-lo" com câmeras embutidas. Essa é a parte fácil.
O desafio muito maior é programar a máquina para explorar, como fazem os bebês, e para evoluir a partir de cada experiência. Idealmente, seu conhecimento será cumulativo, não apenas lembrando a disposição de uma sala ou casa, mas usando o conhecimento armazenado para dar palpites embasados sobre uma nova sala. Os pesquisadores buscam nada menos do que capturar os fundamentos do aprendizado humano -ou, pelo menos, o seu equivalente em inteligência artificial. Se os robôs podem aprender a aprender, podem em princípio ser professores que respondam às necessidades da classe, ou mesmo de um aluno em especial.
Pais e educadores certamente têm dúvidas sobre a eficácia dos robôs, além de preocupações éticas. Mas, se os robôs sociais decolarem do mesmo jeito que outras tecnologias informáticas decolaram, os pais poderão ter perguntas mais específicas: será que esse robô realmente entende a minha criança? O seu estilo de ensinar é adequado às necessidades do meu filho, ou aos talentos da minha filha?
Ou seja, perguntas que fariam a respeito de qualquer professor.



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Colaborou Choe Sang-Hun, de Seul

domingo, 18 de julho de 2010

Professor vira alvo de chacota e ofensa de aluno na internet

Por causa de uma nota baixa ou por pura implicância, estudante usa site para humilhar o mestre em público

Docentes costumam ficar calados, segundo sindicatos, porque as escolas tendem a tomar partido dos estudantes

RICARDO WESTIN
DE SÃO PAULO

Folha de São Paulo
18/07/2010

Faça uma pesquisa no Orkut com "odeio" e "professor", e surgirão mais de mil grupos de discussão.

A lista terá comunidades aparentemente inofensivas -como "Odeio a voz do meu professor"-, mas também incluirá outras raivosas e com nome da vítima -como "Odeio a professora Etiene".

"Primeiro, fiquei chocada. Depois, senti vergonha, tristeza. Chorei", diz Etiene Selbach, 43, professora de educação física num colégio particular de Porto Alegre.
A comunidade havia sido criada por um grupinho de alunas de 13 anos após serem repreendidas numa aula.

Ao lado de uma foto de Etiene riscada com um xis, as meninas escreviam com deboche sobre o corpo, o cabelo e até as roupas dela.

Etiene foi uma vítima do "bullying". No ambiente escolar, o "bullying" sempre foi associado àquele aluno valentão infernizando a vida do colega mais fraco. A novidade é que ele agora ataca o professor. E pela internet.

Estudo do Sinpro (sindicato de mestres) do Rio Grande do Sul mostra que, a cada quatro professores gaúchos, um já sofreu agressão na internet. Os motivos: o aluno tirou nota baixa, incomodou-se com um trejeito do professor ou simplesmente não foi com a cara dele.

"Alguns alunos acham que não passa de brincadeira. Outros creem que estão anônimos na internet", diz o delegado Pedro Marques, da Delegacia contra Crimes Cibernéticos de Minas Gerais.

Calúnia, difamação e injúria são crimes. Quando o autor é maior de idade, pode ser condenado à prisão. Quando menor, ser advertido ou, em caso grave, internado em entidade como a antiga Febem.

Em 2008, os pais de um grupo de alunos de um colégio particular de Rondônia foram sentenciados a pagar R$ 15 mil por danos morais a um professor de matemática vítima de chacota no Orkut.

DEMISSÃO
O "bullying" também está no ensino superior. Roberta (nome fictício), 41, professora de jornalismo numa faculdade privada no interior de Minas, foi alvo dos desabafos de um estudante de 24 anos.

"No Orkut, ele me chamava de velha e dissimulada. Apareceu gente escrevendo que eu era uma oferenda que deveria voltar para o mar. Fiquei perturbada", conta. "Aquela figura do mestre, um profissional que merece respeito, não existe mais."

Ao fim do ano letivo, os três professores citados nesta reportagem foram demitidos. "A escola vê o aluno como cliente. Não quer perdê-lo", diz Maria das Graças de Oliveira, do Sinpro de Minas.

Por essa razão, muitos professores preferem calar-se diante dos ataques psicológicos cometidos pelos alunos.

Para Telma Brito Rocha, pesquisadora da Universidade Federal da Bahia que estuda o "cyberbullying" contra professores, as escolas precisam incluir o bom uso da internet na grade curricular:
"As crianças passam o dia na internet, mas os colégios não discutem temas como pedofilia ou responsabilidade por aquilo que se publica. Os pais também não fazem isso. Acham que basta pôr um bloqueador de site [de sexo] e pronto. Falta diálogo".


quinta-feira, 28 de maio de 2009

Debate sobre nova postura do professor

Depois de cada grupo apresentar seu ponto de vista sobre a postura que o educador deve adotar diante de novas ferramentas, o debate foi aberto ao público.


Ouça relatos do uso de tecnologia em aulas.

Aqui você vai acompanhar um exemplo de podcast realizado por alunos do Ensino Médio e saber qual a função da oficina de tecnologia oferecida a moradores da favela de Paraisópolis.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Diário de Classe

Olá, turma. Aqui é a Vanessa Teodoro, professora de podcast que vai ministrar o próximo módulo dos Programas de Formação 2009, das Escolas Associadas Pueri Domus.

Vocês ainda não me conhecem, mas eu sei o que vocês fizeram no encontro passado, com o professor Marcelo Abud.

Prova disso, é o trecho inicial do debate que pode ser ouvido aqui.


No sábado nos encontraremos e aprenderemos como este áudio foi colocado no ar.